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Espaço Memória Carandiru preserva passado de quem passou pela penitenciária

Localizado no prédio da ETEC Parque da Juventude, o Espaço Memória Carandiru nasceu em 2007 com o objetivo de guardar parte do passado e da rotina de quem um dia esteve no Complexo Penitenciário Carandiru, especialmente por aqueles que viveram lá dentro sob a tutela do Estado, cumprindo pena. Tendo sido considerada uma das maiores penitenciárias do mundo, o Carandiru – como era popularmente chamado – foi construído em 1920 e desativado em 2002, sendo implodido em menos de oito segundos com o uso de 250 quilos de explosivos.

A penitenciária que chegou a abrigar mais de 7 mil presos – o dobro de sua capacidade – foi palco de milhares de histórias de amor, ódio, superação, resistência e muitas curiosidades, tendo todas elas a convivência coletiva como fio condutor. O Espaço Memória Carandiru reserva objetos produzidos e utilizados pelos presos na ocasião, como máquinas de tatuagem, jogos de tabuleiro, facas de ferro, bocal de fogão, quadros decorativos, esculturas de madeira, bolas de futebol e artesanatos gerais, além do famoso destilador usado na produção da “Maria Louca” – bebida fermentada à base de cascas de frutas, legumes e arroz cru.

Além da exposição de objetos utilizados no dia a dia pelos internos, o local ainda conta com uma cela similar às que existiram no complexo penitenciário. Portas de celas originais decoradas com desenhos, símbolos de times de futebol e frases bíblicas, feitas pelos presos na época, também estão disponíveis no acervo para a visitação do público.

O Espaço Memória Carandiru faz parte da Secretaria do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do Governo de São Paulo e está sob gestão da ETEC Parque da Juventude, que está vinculado ao Centro Paula Souza (CPS). O acesso é gratuito. Para visitar o local em grupo, é preciso enviar um e-mail de solicitação para e159patcultural@cps.sp.gov.br. Já para visitas individuais, basta comparecer no endereço: Av. Cruzeiro do Sul, 2630, prédio I – Santana. Para mais informações e imagens, clique aqui.

Por Arilton Batista